Uma biografia com uma direção espetacular que se apressa na hora de desmontar sua história. Cabrini narra a extraordinária jornada de Fracesca Cabrini, uma religiosa imigrante italiana que chega a Nova York em 1889 enfrentando uma realidade repleta de doenças, crimes e crianças abandonadas.

Cabrini está disposta a mudar essa realidade e não se deixará abater, seja por dificuldades estruturais, financeiras ou preconceituosas. Cabrini sabe deixar bem clara a dificuldade preconceituosa da época, o machismo evidente, a falta de referência, ela se torna a primeira mulher a ir em uma missão de ajuda solidária pelo mundo.
O filme trata a direção com inteligência e cenas repletas de beleza com uma fotografia de dar o que falar, atuações decentes que fazem o feijão com arroz necessário.
Dito isso, a produção entra num problema muito grande que uma boa parte de outras biografias sofrem, a velocidade de contar uma história grande em um filme solo. A obra se confunde na hora de tratar dessa questão, o que causa uma estranha sensação de pulos temporais e uma leve desvalorização dos grandes problemas que a madre Cabrini passou, já que a falta de tratamento dos períodos elimina bastante a sensação de tempo quando falamos em persistência e digestão de tais.

Mesmo com essa porcentagem negativa, o filme atua no seguro e conta sua história de forma correta, fazendo a admiração e a notória importância da Cabrini na história serem admiradas pelo indivíduo.
O filme está em exibição nos cinemas.
Texto por Rodrigo Cavalcanti.