“Sem Ar“, novo filme de Maximilian Erlenwein, mergulha fundo no gênero de filmes de sobrevivência, mas acaba perdendo o fôlego no processo.
Com uma premissa que prometia ser mais intenso do que “A Queda” (2022), o filme traz momentos de tensão, mas se vê arrastado por uma história de fundo tediosa. Ao acompanhar duas irmãs (Sophie Lowe e Louisa Krause) em uma viagem anual de mergulho em um local remoto, somos lançados em uma trama que prometia adrenalina do começo ao fim.
As cenas claustrofóbicas e angustiantes, que criam uma sensação palpável de agonia no espectador, são o grande trunfo do filme. A atmosfera angustiante é habilmente mantida, em grande parte graças à trilha sonora envolvente e aos sons do oceano que nos imergem no perigo iminente. No entanto, o roteiro vacila em momentos que quebram essa tensão, seja explorando o passado das irmãs ou introduzindo pausas para escolhas decisivas.
“Sem Ar” tenta seguir a fórmula dos filmes de sobrevivência, como “127 Horas” e “A Queda“, que conquistaram uma legião de fãs. No entanto, falta ao filme a originalidade e o ímpeto para se destacar verdadeiramente no gênero. Ele faz o básico, mas não consegue superar ou igualar os melhores exemplares do seu tipo.
No fim das contas, “Sem Ar” entrega momentos de tensão e agonia, mas não consegue sustentar essa atmosfera de forma consistente. É uma experiência cinematográfica razoável para os fãs do gênero, mas não se destaca como uma obra memorável no mundo dos filmes de sobrevivência.
O filme chega dia 14 de setembro nos cinemas.
Texto por Alan Dias