Não podemos negar que Sydney Sweeney é uma das atrizes do momento. Desta vez, protagonizando o terror “Imaculada”, Sweeney teve a árdua missão de salvar um longa que tenta aterrorizar, mas não consegue cumprir essa promessa. A obra tenta construir uma atmosfera intrigante, porém, falha em desenvolver de maneira satisfatória os elementos e temas que propõe.
A trama gira em torno de Cecília (Sweeney), uma noviça que chega a um convento na Europa após o fechamento de seu antigo convento nos EUA. Cecília, enfrentando um ambiente novo e uma barreira linguística significativa, encontra apoio na jovem rebelde Gwen (Benedetta Porcaroli), uma jovem rebelde, desafiadora e amiga e resistência na noviça Mary (Simona Tabasco), que demonstra uma certa inveja para com Cecília. A introdução dos personagens é promissora, com Sweeney destacando-se em seu papel, transmitindo vulnerabilidade e determinação de maneira convincente.
A virada na história acontece quando Cecília descobre que está grávida, um evento considerado um milagre pelos superiores do convento. Sua vida muda drasticamente, e ela passa a ser vista como uma figura quase santa. Até esse ponto, o filme mantém um suspense crescente, mas as decisões do roteiro começam a desmoronar a narrativa. A inclusão de numerosos jump scares e a falta de uma conclusão satisfatória para muitos dos elementos apresentados fazem com que o filme perca força.
No terceiro ato, o trabalho só piora com a descoberta da motivação e dos culpados pela gravidez de Cecília, por incrível que pareça me remeteu ao “Laboratório de Dexter”. Sydney Sweeney se destaca novamente, trazendo intensidade ao seu papel como uma final girl determinada a sobreviver, mas nem mesmo sua atuação consegue salvar o filme de suas falhas estruturais.
Apesar dos problemas, “Imaculada” possui alguns méritos. A direção de arte é competente, criando um ambiente claustrofóbico e visualmente interessante. A química entre Sweeney e Porcaroli também é um ponto positivo, adicionando camadas à dinâmica entre as personagens. No entanto, esses aspectos não são suficientes para sustentar o filme como um todo.
Sendo assim, “Imaculada”, não é daqueles filmes que devemos ignorar ou jogar fora. É um filme que tinha potencial para se destacar no gênero de terror, mas acaba sendo uma tentativa frustrada de criar uma narrativa coesa e impactante. Sydney Sweeney prova mais uma vez seu talento, mas mesmo sua excelente atuação não consegue salvar o longa de suas próprias armadilhas narrativas. Para os fãs de terror, pode valer a pena assistir para conferir a performance de Sweeney, mas não espere um filme que consiga realmente aterrorizar ou deixar uma impressão duradoura.
“Imaculada” estreia dia 30 de maio nos cinemas.