A Blumhouse, reconhecida por suas incursões no terror contemporâneo, tem visto uma sequência de produções decepcionantes recentemente, e “Imaginário: Brinquedo Diabólico” emerge como mais um golpe à reputação do estúdio.
O enredo do filme gira em torno de uma criança e seu amigo imaginário que revela ser muito mais do que simples companheiros de brincadeiras. A história acompanha Alice, uma criança que desenvolve uma relação sinistra com um urso de pelúcia chamado Chauncey. O filme tenta explorar a ideia intrigante de como a imaginação infantil pode se tornar perturbadora, mas sua execução é desastrosa, especialmente ao tentar assustar um público infanto-juvenil, que parece ser o público alvo.
Os problemas de “Imaginário” começam desde sua base: o roteiro. Escrito por Wadlow, Greg Erb e Jason Oremland, responsáveis por filmes como “A Princesa e o Sapo”, “Monster High: O Filme” e “Playmobil: O Filme”, a narrativa do longa é repleta de absurdos e cenas sem propósito. Os personagens carecem de carisma e a trama não consegue cativar, sendo reforçada por jumpscares gratuitos que pouco acrescentam à atmosfera de terror.
Além do roteiro insatisfatório, a direção não consegue resgatar o filme. A falta de coesão narrativa e a ausência de um tom consistente prejudicam qualquer potencial que a história pudesse ter. A tentativa de misturar elementos de horror e fantasia resulta em uma experiência confusa e desarticulada.
O clímax do filme se transforma em um caos de eventos desconexos, e os efeitos práticos deixam muito a desejar. O resultado final é uma experiência decepcionante que não consegue prender a atenção do espectado.
Em suma, “Imaginário: Brinquedo Diabólico” é uma decepção que se soma à lista crescente de produções problemáticas da Blumhouse. Considerando que este é literalmente um filme sobre imaginação, é doloroso como não há nada aqui. É uma pena ver uma ideia tão promissora ser desperdiçada dessa maneira.
O filme estreia dia 14 de março nos cinemas.