Wicked, o musical que arrebatou corações na Broadway, finalmente ganhou vida nas telonas, e que estreia! Jon M. Chu entrega um filme que não só faz jus à grandiosidade do palco, mas eleva a experiência para algo ainda mais imersivo. O que temos aqui não é só um longa, é um espetáculo em todos os sentidos da palavra.
Logo de cara, somos transportados para Munchkin onde Glinda (Ariana Grande) desce em toda sua glória para anunciar o fim de uma era: a bruxa está morta. Mas é no retorno ao passado, para entender como Glinda e Elphaba (Cynthia Erivo) se tornaram as mulheres que marcaram a história de Oz, que o filme ganha profundidade. O contraste entre a mimada e reluzente Glinda e a determinada, mas marginalizada Elphaba, vai muito além de uma simples amizade improvável, é um retrato poderoso de aceitação e transformação.
A escolha de Cynthia Erivo e Ariana Grande como as protagonistas é simplesmente perfeita. Enquanto Erivo traz uma carga emocional intensa para Elphaba, Ariana brilha com um carisma e humor que tornam Glinda irresistível. Juntas, elas compartilham uma química que transborda da tela, principalmente nos momentos mais emocionantes, como o icônico Defying Gravity.
Visualmente, o filme é um deslumbre. Cada detalhe – dos cenários grandiosos aos efeitos especiais encantadores – é cuidadosamente planejado para manter a essência mágica de Oz. Mas Jon M. Chu não se perde na extravagância. Ele mantém o foco no desenvolvimento das personagens e nas nuances emocionais que tornam essa história tão especial. Em meio aos números musicais impecáveis e às coreografias hipnotizantes, há um equilíbrio perfeito entre espetáculo e coração.
Para quem já ama Wicked, o filme é um presente, uma carta de amor ao musical original. Para quem não conhece, é uma introdução deslumbrante a um mundo que nos lembra que nem tudo é preto e branco – ou verde e rosa. Com uma direção inspirada, atuações brilhantes e uma trilha sonora que arrepia, Wicked prova que os musicais ainda têm espaço (e força) para encantar no cinema. Este é, sem dúvida, um dos grandes momentos do cinema em 2024.
Texto por Alan Dias.