Looney Tunes no Cinema: Um Caos Divertido que Faz Tudo Certo

Cinema Críticas

Se você é do time que cresceu vendo o Patolino se dando mal e o Gaguinho tentando sobreviver ao próprio nervosismo, prepare-se: Looney Tunes: O Dia Que a Terra Explodiu é o abraço caótico e carinhoso que sua nostalgia precisava. O novo longa animado é exatamente o que promete ser, um festival de nonsense, piadas rápidas, visuais vibrantes e uma trama que não faz o menor sentido… e é por isso mesmo que funciona.

A história gira em torno de uma conspiração alienígena escondida numa fábrica de chicletes , e cabe a Patolino e Gaguinho salvar o mundo. É absurdo? Com certeza. Mas esse é justamente o espírito Looney Tunes sendo celebrado com toda a energia que os fãs merecem.

Reprodução | Paris Filmes

O que mais chama a atenção aqui é como o filme entende perfeitamente a alma dos personagens. Não há tentativas de “atualizar” demais os Looney Tunes ou de colocá-los em tramas mais sérias para tentar agradar um novo público. Em vez disso, o longa abraça o nonsense clássico, o ritmo frenético e a lógica cartunesca que sempre definiram a turma. As piadas visuais, os exageros sonoros e as quebras de expectativa estão todas aqui, e funcionam muito bem na tela grande. É como se alguém tivesse colocado um episódio clássico no micro-ondas e deixado explodir até virar uma aventura de 90 minutos. E isso, de forma surpreendente, é um baita elogio.

Visualmente, o filme é um presente. Em meio a um mercado saturado de animações em 3D com o mesmo estilo de sempre, ver uma obra 2D, com aparência ilustrada à mão e aquele jeitinho artesanal de livro infantil, é um alívio para os olhos. O contraste entre a simplicidade do traço e a grandiosidade da narrativa só deixa tudo mais divertido.

Reprodução | Paris Filmes

Claro, nem tudo é perfeito. O longa perde um pouco de ritmo ali pelo meio e a ausência de personagens clássicos como o Pernalonga ou até mesmo Marvin, o Marciano, pode desapontar quem esperava um encontro completo da velha guarda. Mas nada disso compromete a diversão.

O Dia Que a Terra Explodiu pode não ser uma revolução, mas é um lembrete importantíssimo: animação também pode (e deve) ser caótica, irreverente e livre. É um filme com personalidade, energia e respeito pelo legado que carrega. No fim das contas, é exatamente o tipo de loucura que os Looney Tunes sempre representaram e que a gente precisava ver de novo nas telonas.

O filme estreia dia 24 de abril nos cinemas.

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