Anora é um dos conjuntos mais harmônicos entre ordem e caos já feitos. Seja pela direção impecável de Sean Baker, ou pela atuação excepcional de Mikey Maddison, Anora é o cojunto de dois extremos organizada de maneira amigável e bela.

O filme conta a história de uma prostituta do Brooklyn que casa impulsivamente com o filho de um oligarca russo. Mas o seu conto de fadas é ameaçado quando a família dele quer anular o casamento.
Tendo em mente esse rumo de idéia, a obra constantemente se desperta pelas suas icônicas quebras de estereótipos, pegando todo conceito já apresentado na história e fazendo com que todos, sem exceções, se entreguem com louvor a sua galhofa divertida e agitada, o que é extremamente agradável para o público.
Além da humanização constante que Sean Baker se propôs a fazer, a opção de casting de Anora é incrível e carismática, novamente destacando a atuação espetacular de Mikey Maddison, que mesmo com ótimos atores ao seu lado, ela carrega o filme por meio de um furacão de emoções, o que torna o ideal de humanização do diretor uma idéia mais genial ainda, garantindo um arco curioso de mudança de perspectiva pelos olhos da protagonista, que sem hipérboles, muda a vida dela completamente.

Anora mixa uma história simples mas feita de forma única, não só pelo que ela é, mas pelo que ela se torna ao retratar tais estereótipos. Sem dúvidas, o filme mais divertido da temporada.
O longa estreia dia 23 de janeiro nos cinemas.
Texto por Rodrigo Cavalcanti.